Felizmente, muitas pessoas se preocupam em defender os direitos dos animais, ainda tão desrespeitados e, muitas vezes, esses trabalhadores abnegados recebem criticas pela sua dedicação aos nossos irmãos menores. "Tanta criança abandonada e essas pessoas cuidando dos animais." Só que as pessoas que criticam quem cuida dos animais, também não fazem nada pelas crianças abandonadas. Certamente, quem trabalha na ceara do bem não encontra tempo para criticar ou condenar o seu próximo.
Não há duvidas que os animais de estimação, são hoje parte muito importante do suporte emocional das famílias.
O espiritismo trata os animais como nossos irmãos mais novos na criação. Entre os espíritas, como entre todas as pessoas, há idéias diferentes sobre o amor aos animais, e eu as respeito.
Marcel Benedeti, Medico Veterinário e escritor espírita com obras mediúnicas muito bem fundamentadas sobre a continuidade da vida dos animais, escreve em seu livro "Todos os animais merecem o céu" o seguinte texto: "Jesus dizia, como se pode ler nos Evangelhos: Vinde a mim as criancinhas porque é delas o Reino dos Céus e recomendava que nós fizéssemos como as crianças, que são puras de coração. Os animais são puros de coração naturalmente. Os animais são como as crianças que Jesus cita nos Evangelhos e por isso merecem o Reino dos Céus. Os animais não se corrompem e são o que são, sem máscaras, que usamos com freqüência para mostrar aos outros que somos diferentes daquilo que realmente somos. Por isso, se o Reino dos Céus é para os mansos e puros de coração, então, todos os animais merecem o Céu."
Quando Chico Xavier foi interrogado se os animais têm alma, respondeu de forma enfática: -"Ah, sim , os animais têm alma, e valem pelos melhores amigos". Nas seções mediúnicas, muitas vezes, teve ao pé da mesa os seus companheiros inseparáveis, os cãezinhos Negrito e Boneca.
Victor Hugo, um gênio apaixonado pela natureza e os animais, que criou o pensamento "A medida do amor é amar sem medidas", durante seus 15 anos de exílio na ilha de Jersey escreveu uma obra prima, basicamente mediúnica, que poucos conhecem, intitulada "Conversando com a Eternidade", lançada recentemente no Brasil pela editora Madras.
Victor Hugo escreve: "Os animais veem muito mais do que as pessoas imaginam, vislumbram, inclusive, a jornada evolutiva do homem e sua forma de futuros anjos, talvez por isso, se os animais falassem duas palavras, estas seriam amor e perdão, pois amam tanto os homens mesmo sendo muitas vezes maltratados por eles".
No Livro dos Espíritos, questão 598, temos a seguinte explicação quanto à alma dos animais: "Após a morte, conserva a alma dos animais a sua individualidade e a consciência de si mesma? Sim, conserva a sua individualidade; quanto à consciência do seu eu, não. A vida inteligente lhe permanece latente".
No livro O Consolador, Emmanuel nos esclarece quanto ao cuidado que os humanos devem ter com relação aos nossos irmãos menores; "Convido-os a examinar detidamente seus laços de parentesco com os animais dentro das linhas evolutivas, sendo justo que procurem colocar os seres inferiores da vida planetária sob seu cuidado amigo. Os reinos da natureza, aliás, são o campo de operação e trabalho dos homens, que responderão perante as leis divinas pelo que fizerem em consciência com os patrimônios da natureza terrestre".
Animais não são pessoas, isso é certo, é preciso respeitar a hierarquia e evitar os mimos exagerados, mas muitas vezes os homens agem de forma tão fria e brutal com seus irmãos menores que até é injusto chamar esses homens de animais.
Dedico este pequeno artigo a todos os que protegem os animais e amam seus animais de estimação, pois eles são, sim, nossos irmãozinhos de alma e coração para sempre, mesmo que hoje não se encontrem fisicamente ao nosso lado.
"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes". Albert Schweitzer